sexta-feira, 8 de abril de 2011

PARQUES E PRAÇAS DA CIDADE DE CURITIBA

Prof. Dra Simone Rechia e Prof. Ms. Aline Tschoke do Departamento de Educação Física da Universidade Federal do Paraná dão entrevista a TV UFPR sobre o Planejamento e Apropriação dos Parques Públicos da Cidade de Curitiba. 

Click no link abaixo e não deixe de conferir



Praça Renato Russo - Vila Audi / Curitiba 

Você freqüenta os parques de Curitiba ?
Pesquisa realizada no Departamento de Educação Física da UFPR pela Prof. Dra. Simone Rechia e pelo Prof. Ms. Marcelo Oliveira mostram as práticas esportistas no parques e o  perfil de seus freqüentadores.


Pesquisa da UFPR mostra que 
cadeirantes têm dificuldades de 
acesso aos parques de Curitiba

O estudo foi realizado nos parques Barigui, Bacacheri, Lago Azul no Umbará e no Bosque Zaninelli.


Parque do Bacacheri
Autor: Arquivo


A pesquisa que serviu de dissertação de Mestrado em Educação Física foi realizada com um grupo que cadeirantes chamado de "União faz a Força", de Curitiba para analisar as dificuldades que eles enfrentaram nesses espaços. 


A dissertação de mestrado, defendida em março pela professora Marina Redekop Cassapian, do Departamento de Terapia Ocupacional da UFPR, integra o Programa de Pós-Graduação Mestrado/Doutorado em Educação Física e teve como orientadora a Professora Dra Simone Rechia. Os espaços pesquisados foram os parques Bacacheri, Barigui, Lago Azul e UNILIVRE - Bosque Zaninelli. 



A pesquisadora concluiu que apesar da Prefeitura de Curitiba ter criado a Secretaria dos Direitos da Pessoa idosa e da cidade ter parte dos ônibus com elevadores para cadeiras de rodas, ainda foram identificados muitos problemas que dificultam o acesso aos locais de lazer. 

Entre esses obstáculos, foram encontrados elevadores de ônibus com defeito e demora excessiva na espera pelo transporte adaptado. Quanto ao deslocamento pelas calçadas, a professora explica que foram tantos os problemas que, em algumas situações, os cadeirantes somente conseguiram andar na rua, entre os carros, causando risco à própria segurança. 

A pesquisadora acredita que essas dificuldades estimulam as pessoas com deficiência a permanecer isoladas em suas residências e não usufruir do direito à cidade, ao uso de seus espaços, à convivência com outras pessoas e ao exercício da cidadania. 

Depoimentos 

Apesar da possibilidade de chegar a todos os espaços com ônibus adaptados, os cadeirantes observaram vários obstáculos no acesso. No entorno de três espaços, detectaram a ausência de guias rebaixadas, falta de calçamento, além da distância do ponto de ônibus até a entrada de parques. Segundo eles, há barreiras tanto perto dos parques, quanto a falta de calçamento, distância do ponto de ônibus até a entrada, além da ausência de sanitários adaptados. 


Impressões 

As questões levantadas no estudo apontam para a necessidade de políticas públicas voltadas para a educação pelo e para o lazer, possibilitando mais autonomia e independência para os cadeirantes. A professora acretida que a garantia do direito ao lazer não está baseada somente no tempo para experienciar tal dimensão, mas depende sim, tanto do acesso à educação, quanto das condições de acessibilidade dos espaços públicos destinados a essas experiências. Assim, tempo, atitude e espaço, quando conectados entre si, podem garantir esse direito que é de todos os cidadãos. 

Sônia Loyola